De Repente 30 - O filme

Ontem estava eu em minha casa, deitada na cama, curtindo um baita de um resfriado forte, com dor de cabeça e febre, assistindo TV, mais precisamente a Sessão da Tarde!!! Nossa, há quanto tempo não assistia uma sessão da tarde na minha vida. Mas isso só foi possível porque minha filhota, que também está resfriadinha, estava dormindo e por esse motivo eu também estava deitada.
Bem, o fato é que o filme de ontem foi Maravilhoso: "De Repente 30" com Jennifer Garner e Mark Ruffalo. Do ano de 2004. Já assisti esse filme tantas e tantas vezes que até perdi a conta. É uma comédia romântica daquelas que faz a gente rir e chorar. A história é sobre Jenna, uma garota com 13 anos de idade que está passando pela fase da adolescência, na crise de identidade. Ela quer ser popular e aceita pela turma da escola. Ao mesmo tempo tem um amigo um tanto 'esquisito' que é motivo de deboche da turma. E Jenna, pra não ficar de fora, debocha dele também. No entanto, na sua festinha de 13 anos, os tais amigos da turma faz uma 'brincadeirinha' com ela que cai feito um patinho. Nesse momento, ela deseja ter 30 anos que é a idade do sucesso. E como mágica ela acorda com 30 anos!!!! Nem precisa dizer que ela leva um baita susto quando se vê com 30 anos. Ela não se lembra de nada até aquele momento. Foi descobrindo aos poucos que se tornou uma pessoa bem sucedida, mas de forma duvidosa. Deixou pra trás seus pais, o melhor amigo foi abandonado, trai as amigas de trabalho... Tudo isso vai fazendo com que ela perceba o valor das coisas e das pessoas. E como é um filme, ela tem a chance de recomeçar e fazer um novo fim.
Pensando nos últimos acontecimentos da minha vida, que bom seria se pudéssemos de fato voltar ao passado e refazer escolhas, trilhar novos caminhos, escolher melhor nossos amigos... Infelizmente nada disso é possível, não é mesmo. Eu, às vezes, me pego pensando em algumas coisas que fiz e que deixei de fazer e fico aflita. Fico me perguntado se fiz a coisa certa, ou se deveria ter feito tal coisa e assim por diante. Por exemplo, a minha adolescência foi até que tranquila, se comparada a outras tantas adolescentes que vemos aí (tem adolescente que com 17 anos viveu mais coisas que uma pessoa de 35).  Não que eu não tivesse tido conflitos com meus pais, muito pelo contrário. Lembro de ter dito muitas vezes que odiava minha mãe por ela não me deixar ir em tal lugar ou que ia embora de casa porque meu pai não me deixava fazer tal coisa e assim por diante. Disso me arrependo muito. Jamais devemos dizer isso aos nossos pais. Deveria ser um crime inafiançável. Ainda bem que pude reconhecer isso e pedir perdão a eles. Depois que me tornei mãe, muita coisa comecei a compreender. O zelo que meus pais sempre tiveram por mim e pelo meu irmão foi uma delas. Retomando o assunto, gostaria sim de ter feito escolhas diferentes na minha vida. Gostaria de ter aproveitado mais cada minuto e cada segundo. Gostaria de ter aproveitado mais a minha adolescência. Lembro que desejei sim ser mais velha só pra poder fazer as coisas que minha mãe não me deixava fazer. Com isso acho que deixei de viver certas coisas. A ânsia de ser mais velha era tanta que às vezes sinto como se não tivesse tido passado. Parece que adormeci com uma idade e acordei com outra, exatamente como no filme. Claro que saí bastante, ia para danceterias, paquerava de longe... mas não aproveitei os momentos que não fazia isso. Ficava tão irritada e chateada com tudo que só tinha vontade de morrer, no caso, de ser mais velha. Dizia que quando tivesse 18 anos faria isso e aquilo, que quando tivesse 30 faria aquilo outro. Humpf, bobagem. Não fiz nem metade do que dizia que iria fazer. Talvez não tinha objetivos bem definidos traçados pra mim. Tem gente que vive a vida assim, sempre traçando objetivos, tudo muito bem planejadinho, tudo ali preto no branco, certinho, certinho... Eu sempre fui assim meio destrambelhada. Não que eu não fosse organizada, mas nunca tive o cuidado de traçar objetivos, traçar metas, etc, etc. Engraçado porque meus pais sempre foram super organizados com tudo. Vai ver por isso que fiquei assim, né. Tudo era tão marcadinho em casa que acho que peguei trauma. Mas aprendi que é assim que se conquista as coisas. É assim que se chega a algum lugar. Não me arrependo de tudo o que fiz não, mas me arrependo de ter feito muita coisa assim no impulso. Hoje eu poderia estar em outra situação, vivendo um outro momento. Mas quem vai dizer que eu teria aprendido alguma coisa se fosse de outra forma, não é mesmo. Acho que no fundo temos mesmo é que viver o momento e aprender com tudo o que nos acontece. Temos que tirar lição de tudo. Aprender a como não fazer determinada coisa também é importante. O filme é legal até por isso, pra nos mostrar que podemos sempre fazer diferente. Não temos a chance de voltar ao passado, mas temos a chance de consertar o que temos feito de errado. Temos a chance de repensar e reparar danos que temos causado com os outros e com nós mesmos. Fica a dica. Beijos e abraços a todos.

1 comentários:

duilio disse... [Responder o Comentário]

MINHA JOVEM SRA
NAO DEVEMOS NOS ARREPENDER DE NADA QUE NAO FIZEMOS OU ENTAO DEIXAMOS DE FAZER POR ALGUM MOTIVO.FAZ PARTE DE NOSSAS VIDAS ESSA SITUAÇAO.
O QUE DEVEMOS E NOS LEMBRAR SEMPRE COM CARINHO DO PASSADO,INFANCIA,ADOLESCENCIA.JUVENTUDE,POREM SEGUIRMOS EM FRENTE EM NOSSAS VIDAS,POIS CADA ETAPA DA VIDA E MUITO IMPORTANTE PARA NOS E ASSIM IREMOS PODENDO CORRIGIR NOSSOS ERROS SE É QUE ERRAMOS
ABRAÇOS
BOLA PRA FRENTE

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